A importância da periodontia para a saúde da sua gengiva
Ter um sorriso saudável e bem cuidado é essencial, não apenas na questão estética, mas também física. Isso porque, algumas doenças bucais podem evoluir para problemas cardíacos. Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 2,2 milhões de brasileiros têm gengivite ou periodontite. Por isso é importante ficar de olho na saúde da gengiva.
Um dos sintomas ignorados, mas que gera um alerta vermelho, é o sangramento na gengiva acompanhado de dores no local. Mesmo pequenas lesões causadas na escovação podem levar a uma gengivite.
A doença periodontal acomete cerca de 35% da população mundial e 50% desse número são adultos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses dados a colocam como a doença crônica mais prevalente em humanos.
Na nossa cavidade bucal, podem ser encontradas mais de 700 espécies de bactérias, e algumas centenas delas estão depositadas no biofilme dental (também conhecido como placa dental), uma película fina que adere à superfície dos dentes e está depositada no sulco gengival.
A má higiene oral pode causar desconforto e evoluir para doenças graves que acarretam a perda dos dentes. A visita periódica ao dentista para realização de limpeza e outros procedimentos também ajuda na prevenção e tratamento dessas doenças.
Preocupados em trazer o melhor para os nossos pacientes, elaboramos um artigo para listar as principais doenças periodontais, seus sintomas, prevenção e tratamentos.
Conheça as principais doenças que podem acometer a gengiva
Algumas doenças podem acometer a gengiva quando negligenciamos o nosso cuidado bucal. Além do desconforto com dores e sangramento, o mau hálito pode afetar a autoestima e o convívio social. Confira quais são elas:
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Gengivite
A gengivite causa a inflamação da gengiva e pode acometer um ou mais dentes. Ela tem início no biofilme dental onde as bactérias depositadas no local iniciam uma resposta inflamatória. Geralmente é provocada pela limpeza inadequada da boca. Mas pode surgir com alterações hormonais e baixa imunidade.
Quando não fazemos a higienização correta, restos de comida que ficam nos dentes atraem bactérias que se alimentam deles. Aos poucos elas se multiplicam e se fixam na boca e começam a atacar a gengiva dando início a uma inflamação.
Os sintomas surgem com a tentativa do corpo se defender dessas bactérias, são eles:
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gengiva inflamada ao redor do dente;
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inchaço e vermelhidão no local;
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sangramento na gengiva ao escovar;
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aparecimento de fístula dental;
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retração gengival e mau hálito.
Alguns fatores podem aumentar o risco de gengivite, eles são:
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menopausa e alterações hormonais;
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doenças do sistema imunológico;
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deficiência de vitaminas;
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consumo excessivo de álcool;
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diabetes;
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tabagismo;
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e anticoncepcionais.
Nesse estágio, a inflamação não afeta tecidos e ossos, mas se não tratada pode levar a perda dos dentes e evoluir para periodontite. O diagnóstico é feito pelo dentista verificando a cavidade bucal do paciente. Caso seja necessário, exames complementares são solicitados. Fazendo tudo o que for solicitado pelo especialista, é possível reverter o quadro sem danos aos tecidos de sustentação e ossos.
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Periodontite
Esse é o estágio mais avançado da gengivite. Quando não tratamos a inflamação ela avança para o periodonto, tecido entre o dente e a mandíbula. Nesse caso, acontece a reabsorção óssea, levando a perda de sustentação e dos dentes. Geralmente, o paciente só sente dor quando a doença está avançada, levando a procura de um especialista apenas quando os danos já são significativos.
Essas bactérias também podem ir para corrente sanguínea, resultando em uma endocardite bacteriana e já existem estudos sobre a ligação dessas doenças com o infarto e alguns tipos de câncer.
Há ainda a ligação hormonal e da menopausa com a periodontite, já que acomete mais mulheres do que homens e as alterações hormonais deixam a gengiva mais sensível.
Os sintomas são bem semelhantes aos da gengivite, eles são:
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mau hálito;
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sangramento gengival;
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dor na gengiva e inflamação;
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alteração de cor (uma coloração mais escura) da gengiva.
Nesse estágio é necessário fazer a limpeza dos dentes e da gengiva com um profissional e em casos mais graves a cirurgia é recomendada.
A periodontite está ligada, além da gengivite e alterações hormonais, a diabetes, tabagismo, medicamentos que reduzem a produção de saliva, consumo de bebidas alcoólicas em excesso, obesidade e histórico familiar.
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Endocardite bacteriana
Essa é a forma mais grave da periodontite. As bactérias que estão presentes nas bolsas periodontais podem ir para corrente sanguínea e alojar-se nas válvulas cardíacas, comprometendo a circulação sanguínea e o funcionamento do coração.
A principal causa é a falta de higienização bucal, mas também pode ocorrer com a troca de seringas contaminadas entre usuários de substâncias químicas e em procedimentos cirúrgicos bucais onde haja sangramento.
Os sintomas podem demorar a aparecer ou ser imediatos dependendo do histórico cardíaco da pessoa. Eles incluem:
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tosse persistente;
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sudorese noturna;
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dores nas articulações e musculares;
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fadiga excessiva;
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sangue na urina e febre.
É preciso ficar atento a esses sintomas e procurar um médico logo que eles surgirem para não serem confundidos com outras doenças.
O diagnóstico é feito pelo cardiologista através de exames clínicos, levantamento do histórico médico do paciente, ecocardiograma e exame de sangue para identificar qual o tipo de bactéria. Em casos específicos podem ser solicitados tomografia computadorizada e ressonância
Tratamento e prevenção
Além de fazer a higienização bucal de maneira correta, a limpeza e a raspagem periodontal ajudam na prevenção das doenças na gengiva e evitam complicações em estágios iniciais.
Em casos mais avançados o dentista pode receitar anti-inflamatórios e antibióticos, enxaguantes bucais antissépticos para bochechos e em alguns casos é necessário realizar uma pequena cirurgia odontológica para a limpeza dos ossos e da gengiva.
Nos casos de endocardite bacteriana, é indicado procurar um médico para fazer o tratamento com antibióticos adequado para o tipo de bactéria. Geralmente, o tratamento dura 4 semanas e a medicação é aplicada na veia. Esse tratamento tem que ser iniciado logo que a doença for confirmada, evitando complicações que podem levar à morte.
Esses tratamentos apenas controlam e tratam a doença, as perdas de tecidos e ossos são permanentes. Por isso a importância de estar com a visita ao dentista em dia e sempre cuidar da sua higiene bucal.
A visita regular ao dentista também ajuda a prevenir a gengivite e evitar que evolua para uma periodontite ou até uma endocardite bacteriana. O dentista também vai orientar como fazer a higiene bucal de forma correta e efetiva, e indicar a recorrência necessária de limpeza oral e raspagem.
Qual especialista procurar nesses casos?
O dentista periodontista é o especialista indicado para o tratamento e prevenção das doenças periodontais. Eles se dedicam ao estudo dos problemas que afetam os tecidos que sustentam os dentes.
Esse tipo de especialista não trata diretamente os dentes, e sim os tecidos que o sustentam que são chamados de tecidos periodontais. Esses tecidos são importantes para a sustentação e fixação dos dentes.
Independente do estágio de inflamação, é aconselhado procurar um profissional para o acompanhamento e melhor tratamento.
Onde encontrar dentista periodontista em Brasília?
Procurar profissionais habilitados e que entendam do assunto é muito importante para o sucesso do seu tratamento.
Aqui na Clínica Blu trabalhamos com técnicas modernas para cuidar da sua saúde bucal, possibilitando o diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças que acometem os tecidos de sustentação dos dentes.
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